Eleição de Edilza Alves sob suspeição: Polícia Federal investiga esquema de compra de votos em Lagoa da Canoa


Na manhã desta terça-feira, 8, a Polícia Federal deflagrou a Operação Lagoa em Perigo, que mira um esquema de compra de votos e contabilidade paralela nas eleições municipais de Lagoa da Canoa, no agreste de Alagoas. A operação visa desarticular práticas ilícitas que teriam sido montadas para favorecer a candidatura de Edilza Alves à Prefeitura, além de apoiar candidatos a vereador vinculados a sua campanha.

As investigações apontam que o grupo político liderado pela prefeita Tainá Veiga teria coordenado um amplo esquema de compra de votos, utilizando diversos meios de repasse de recursos, como transferências bancárias via Pix, pagamento de boletos e distribuição de dinheiro em espécie.

A estratégia teria como objetivo garantir apoio eleitoral em benefício de Edilza Alves, e outros candidatos aliados. De acordo com as denúncias, o esquema estaria sendo articulado pela atual prefeita de Lagoa da Canoa, Tainá Veiga, pelo esposo da candidata Edilza Alves, Elialdo Alves, e assessoras ligadas ao seu gabinete.

A 44ª Zona Eleitoral de Girau do Ponciano expediu cinco mandados de busca e apreensão, já cumpridos pela PF, com a apreensão de celulares, dispositivos eletrônicos e documentos. Os mandados também visam a coleta de eventuais quantias em dinheiro e comprovantes de transferências bancárias que possam comprovar os crimes investigados. As evidências recolhidas devem ampliar o conjunto probatório, que já se revela robusto, segundo fontes ligadas à investigação.

Os desdobramentos dessa operação podem alterar substancialmente o curso da eleição em Lagoa da Canoa, colocando a candidatura de Edilza Alves sob forte suspeita. A influência da prefeita Tainá Veiga no esquema, bem como a participação direta de figuras de destaque no cenário político local, levanta sérias questões sobre a legitimidade do processo eleitoral. Caso as suspeitas se confirmem, o impacto sobre o resultado eleitoral será inevitável, possivelmente culminando em ações judiciais que podem inviabilizar a posse de Edilza, além de consequências para os demais envolvidos.

Por Thiago Reis

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