A Justiça Eleitoral de Alagoas precisa tomar uma decisão urgente e mostrar que realmente existe para defender a democracia e a lisura do processo eleitoral. A população de Lagoa da Canoa aguarda com ansiedade o desfecho dos processos que envolvem denúncias graves de abuso de poder político e econômico, supostamente promovidos para favorecer a candidatura da prefeita eleita Edilza Alves, com o apoio da atual prefeita Tainá Veiga. Os relatos de compra de votos são claros e contundentes, com vídeos e comprovantes de transferências de dinheiro envolvendo não só a candidata a prefeita, mas também candidatos a vereador, como Nando do Nandinho e Val do Alexandre, apontando para um escandaloso esquema de captação ilícita de sufrágio.
As acusações são graves e apontam para uma série de crimes cometidos de forma deliberada, com o claro objetivo de promover o desequilíbrio do processo eleitoral. O Ministério Público já entrou em ação, e a Polícia Federal conduziu uma investigação que, segundo informações de bastidores, confirmou o esquema de compra de votos em prol da candidatura de Edilza Alves. O inquérito foi enviado ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), e agora a população de Lagoa da Canoa quer saber: a Justiça Eleitoral vai agir ou vai silenciar?
Enquanto isso, observamos que, em outros Estados, a Justiça Eleitoral age com firmeza. No município de Barra do Bugres, no Mato Grosso, a prefeita reeleita Maria Azenilda Pereira teve seu registro de candidatura cassado pela Justiça, além de ser declarada inelegível por oito anos e multada em R$ 200 mil por suspeita de compra de votos. Além dela, o vice-prefeito também foi penalizado, e novas eleições foram marcadas. Esse exemplo deixa claro que a Justiça Eleitoral é, sim, capaz de agir de forma célere e exemplar.
Por que, então, em Alagoas, a situação parece ser tão diferente? Será que a Justiça Eleitoral vai permitir que um esquema como o que foi orquestrado em Lagoa da Canoa permaneça impune, promovendo o desequilíbrio do processo eleitoral? Até o momento, a resposta não veio, e a população continua na expectativa de saber se, de fato, existe Justiça Eleitoral no Estado e, caso exista, em que ritmo ela trabalha.
Chegou a hora do TRE-AL dar uma resposta à altura das denúncias. É preciso agir com a mesma firmeza que vimos no Mato Grosso, para que a democracia em Lagoa da Canoa seja respeitada e para que as eleições sejam, de fato, um reflexo da vontade popular, livre de manipulação e de compra de votos.
Por Thiago Reis