O recente festival, apelidado de “Janja Palusa”, promoveu mais do que música e shows financiados com dinheiro público. Com milhões investidos em cachês de artistas, o evento alardeado como uma ação da “Aliança Global contra a Fome e a Pobreza” acabou servindo para reforçar a imagem de uma primeira-dama desconectada da realidade e das necessidades mais urgentes da população brasileira. Enquanto essa verba poderia ter sido destinada à compra de cestas básicas pra matar a fome de quem continua de barriga vazia, a opção por um evento pomposo levanta sérias questões sobre prioridades e empatia.
Ao longo do governo de seu marido, Janja protagonizou momentos que deixaram muitos brasileiros perplexos, inclusive o próprio Presidente Lula. Em seu primeiro ano como primeira-dama, ela festejou o carnaval em um camarote de Salvador enquanto o litoral paulista sofria com enchentes. Já em setembro de 2023, em meio a uma tragédia no Rio Grande do Sul, Janja foi duramente criticada ao publicar um vídeo animado de sua chegada à Índia, apagando a postagem logo após a repercussão negativa.
Os deslizes se acumularam. Em maio de 2024, outra enchente devastadora atingiu o Rio Grande do Sul, e, novamente, Janja pareceu distante do sofrimento alheio, preferindo prestigiar o show da Madonna no Rio de Janeiro. O contraste entre sua reação emocionada ao resgate de um cavalo e sua falta de expressão pública de solidariedade para com as vítimas humanas não passou despercebido.
Com tantos erros de imagem e declarações controversas, como o insulto gratuito ao empresário Elon Musk, Janja revela a cada ato e palavra sua verdadeira postura: uma figura pública que parece mais preocupada em manter um estilo de vida luxuoso e promover uma imagem pessoal do que em servir ao povo brasileiro. No entanto, para que alguém seja “ofuscado”, é preciso primeiro que essa pessoa tenha algum brilho. E, até agora, Janja não demonstrou ter a luz própria que muitos esperavam de uma primeira-dama.
Por Thiago Reis