Porque o Brasil tem uma necessidade urgente de criminalizar o ato de duvidar
É realmente frustrante que não tenhamos uma lei sólida para proteger o delicado ego daqueles que não suportam ser questionados. Afinal, quem precisa de liberdade de expressão e pensamento crítico quando podemos ter uma sociedade repleta de conformidade e submissão? Quem ousa questionar ou levantar dúvidas deve ser imediatamente rotulado como um criminoso perigoso. Realmente, é uma pena que nossos legisladores, os ditos “Representantes do Povo” não tenham abordado essa questão de extrema importância.
A ausência de uma lei brasileira, de uma norma constitucional, que criminalize o ato de “duvidar” é um lembrete constante de que pelos regramentos constitucionais, vivemos em um Estado Democrático de Direito, onde a liberdade de expressão e o pensamento crítico são fundamentais.
É verdadeiramente decepcionante que ainda não tenhamos alcançado o nível de autoritarismo necessário para suprimir a capacidade das pessoas de questionarem e duvidarem; mas graças ao “empoderamento” do nosso Judiciário sobre os demais Poderes Constituídos, estamos no caminho “sertu” para que se possa estabelecer a destituição do Estado Democrático de Direito.
Afinal, quem precisa de um ambiente intelectualmente estimulante, onde ideias são debatidas e contestadas, quando poderíamos simplesmente aceitar tudo cegamente? “Felizmente”, vivemos em um país onde o ceticismo e a busca pela verdade são questões colocadas em segundo plano; criminalizadas. E aos incautos de plantão que ousem falarem o que pensam sobre qualquer que seja o tema, colocando o SISTEMA em questão, o ostracismo é o purgatório designado à revelia de qualquer chance de defesa prévia.