As mais recentes pesquisas de opinião revelam um cenário inédito no Nordeste: a aprovação do governo Lula está em queda significativa, enquanto a rejeição cresce e começa a se aproximar perigosamente de índices jamais vistos. Dados de três institutos mostram um retrato alarmante. No Paraná Pesquisas, Lula tem 57% de aprovação contra 39% de rejeição; no PoderData, a aprovação cai para 53% e a rejeição sobe a 41%; já a Futura Inteligência aponta empate técnico, com 36,8% de aprovação e 36,4% de rejeição. Uma média simples desses números revela uma aprovação de apenas 48,9%, frente a uma rejeição de 38,8%.
Apesar desse cenário de desgaste, a maioria das lideranças políticas em Sergipe parece viver em uma bolha. Ignoram os números, acreditando que o estado é uma ilha imune ao desgaste do governo petista. Essa visão isolada desconsidera a mudança de comportamento do eleitorado no Nordeste, uma região historicamente alinhada ao PT, mas que agora dá sinais claros de insatisfação. A estratégia de fazer vista grossa para a realidade, apostando em um eleitorado fiel e desinformado, mostra-se cada vez mais arriscada.
Esse descolamento da realidade pode cobrar um preço alto em 2026. Continuar ludibriando o eleitorado, fingindo que tudo está sob controle, apenas aprofundará o abismo entre a classe política e a população. Em Sergipe, essa negligência é ainda mais evidente, com discursos que ignoram os efeitos provocados pelo caos político e econômico provocados pelo governo petista.
Os políticos sergipanos, ao insistirem em continuar tentando ludibriar o eleitorado, correm o risco de serem surpreendidos. Se o Nordeste como um todo já sinaliza mudanças, por que Sergipe deveria ser exceção? A rejeição crescente ao governo Lula não é um fenômeno isolado, mas um reflexo do descontentamento popular com a falta de soluções concretas para suas demandas. A insistência em adotar um discurso ultrapassado poderá custar caro a quem se recusar a enxergar o óbvio.
Lideranças que não ajustarem sua estratégia estão fadadas ao fracasso, porque Sergipe não é uma ilha, e as eleições de 2026 podem trazer uma resposta dura a quem subestima os sinais de insatisfação da população. Ignorar os fatos agora é garantir o prejuízo no futuro.
Por Thiago Reis