Em uma sociedade em que tudo parece possível e permitido, menos a solução de crimes, o Brasil se destaca como um verdadeiro pioneiro no alto índice de homicídios não solucionados. Enquanto outros países se esforçam para garantir justiça e segurança à população, o Brasil opta por manter sua força policial em um treinamento intensivo para praticar a arte do “não resolver crimes”.
E como se isso não fosse suficiente para impressionar, o Ministério da Justiça decidiu adotar uma abordagem totalmente inovadora no combate à prática de crimes contra a sociedade: o uso político da máquina pública para encontrar os assassinos. Afinal, quem precisa de investigações meticulosas e competentes quando você pode simplesmente girar a roleta política para determinar os culpados?
A história mais notória nessa interminável sucessão de absurdos, é a do assassinato da Vereadora Marielle Franco. Enquanto o mundo se pergunta quem a matou e por quê, o Ministério da Justiça encontrou a resposta mais criativa: recorrer a um jogo de tabuleiro gigante, no qual os políticos lançam dados para ver quem será o bode expiatório da vez.
Afinal, por que desperdiçar tempo e recursos investigando minuciosamente quando você pode transformar o trabalho da polícia em um espetáculo político? É a mistura perfeita de suspense, comédia e negligência estatal.
Enquanto que na Europa, de cada 10 homicídios, 8 são solucionados, no Brasil, de cada 10 homicídios, apenas 3 são elucidados. O Brasil mostra portanto ao mundo, que a ineficiência é uma forma de arte, e que resolver crimes é para os fracos. Com o alto índice de homicídios não solucionados, o país destaca-se como um verdadeiro playground para assassinos e um pesadelo para os cidadãos que buscam justiça.
Não existe voz nem direitos para as Marias, os Josés; os Pedros e Paulos; os Antônios, as Franciscas…não existe voz pra Celso Daniel, não existe voz pra o ex-presidente Bolsonaro, que quase morreu na ponta de uma faca, mas que até hoje, mesmo com o autor desta tentativa de homicídio atrás das grades, não se sabe quem foi o mandante do referido atentado. No entanto, ferindo o princípio da impessoalidade na Administração Pública, delação premiada hoje no Governo de Flávio Dino é prova validada sem qualquer tipo de contestação.
Que maravilha é viver em um país em que os crimes permanecem sem solução, os assassinos continuam impunes e o Ministério da Justiça oferece uma grande performance política em vez de proteção real para os cidadãos. Bravo, Brasil, bravo!