Os números falam por si. Segundo pesquisa da Quest, 90% do mercado financeiro reprova as políticas fiscais do governo Lula, enquanto 96% avalia que a economia está na direção errada. Não se trata de ideologia ou viés político, mas de uma análise técnica e fria sobre as medidas que estão empurrando o país rumo à um colapso financeiro. Basta observarmos os dados do ano passado: um déficit de R$ 230 bilhões em 2023, a abolição do teto de gastos e estatais novamente deficitárias.
Durante a disputa eleitoral de 2022, setores do mercado, como grandes bancos e gestores de fundos, acreditavam que Lula poderia implementar um pragmatismo econômico capaz de consolidaria as contas públicas. No entanto, o que vemos hoje são bilhões de dólares em investimentos estrangeiros fugindo do Brasil, uma inflação sem controle e uma relação dívida/PIB crescendo cada vez mais.
Esse cenário de desconfiança do mercado tem consequências reais. Estados e municípios já enfrentam dificuldades para fechar as contas, e a projeção é que a situação piore até 2026. A diminuição gradativa dos repasses federais, consequência natural de um orçamento cada vez mais pressionado, coloca em xeque a capacidade de investimento dos entes federativos na manutenção de serviços básicos, como saúde, educação e segurança.
Além disso, a insatisfação com o Congresso, cuja reprovação subiu de 17% para 41% em menos de um ano, reflete o desalinhamento entre os poderes e a falta de respostas concretas para os problemas econômicos. Essa inércia legislativa pode agravar ainda mais a situação, deixando governadores e prefeitos sem apoio e recursos suficientes para enfrentar esse ambiente de instabilidade.
Enquanto o governo federal tenta camuflar esse caos econômico e fiscal por meio de narrativas exdrúxulas, a realidade no chão dos municípios mostra que os impactos já estão sendo sentidos.
Por Thiago Reis