Desde sempre, eu disse e volto a repetir: Dr. Valberto nunca foi político. Prova disso é o resultado das urnas em Propriá, que deram pouco mais de 9.200 votos a Luciano Nascimento contra os 6.660 de Valberto. Essa derrota foi construída, antes de mais nada, pelo próprio Valberto.
Sua inaptidão como gestor e, principalmente, como político transformou Propriá numa terra arrasada. Agora, o peso dessa reconstrução recai sobre Luciano, que assume a prefeitura em janeiro com uma expectativa altíssima da população e sob o olhar atento das lideranças que ficaram largadas no vácuo deixado pelo atual quase ex-prefeito.
Mas e o espaço político ainda ocupado por Dr. Valberto, quem vai ocupar? Nos bastidores, a pergunta que não quer calar é: Rafael Sandes, atual vice-prefeito, tem força para assumir esse protagonismo? E não podemos deixar de mencionar o vereador reeleito, João Paulo Brandão, surge como outra possibilidade. Ou será que um novo nome, fora desse eixo, pode surpreender e disputar essa fatia do eleitorado? Uma coisa é certa: oposição a Luciano não será tarefa fácil, especialmente se ele conseguir colocar Propriá de volta nos trilhos e ocupar ele mesmo o espaço deixado pela derrota de Valberto.
Luciano não terá uma tarefa simples. O estado em que a cidade se encontra exigirá muito dele e de sua equipe. Resgatar Propriá do buraco administrativo e financeiro em que foi jogada será o principal desafio, e os olhos estão voltados para ele. A população quer respostas rápidas e ações concretas. E Luciano terá que lidar não só com problemas herdados, mas também com as pressões políticas que virão de todos os lados.
No fim das contas, a queda de Dr. Valberto abre espaço para uma nova configuração do politica em Propriá. Seja quem for que tente preencher esse vácuo, terá que lidar com um cenário em que Luciano promete ser protagonista, tanto na gestão quanto no jogo político. Se ele entregar o que prometeu, esse espaço pode muito bem ser dele.
Por Thiago Reis