A politização da gestão pública pode criar vários entraves e desafios para o funcionamento eficiente e imparcial das instituições.
Nepotismo e favoritismo: Quando a gestão pública se torna politizada, há uma maior probabilidade de ocorrer nepotismo e favoritismo, ou seja, a nomeação de pessoas com base em relações políticas ou partidárias, em vez de mérito e qualificações. Isso pode levar à escolha de indivíduos inadequados para cargos importantes, comprometendo a eficiência e a qualidade do serviço público.
Instabilidade e falta de continuidade: A politização pode resultar em mudanças frequentes nos cargos de gestão pública com a alternância de governos e partidos políticos no poder. Essa instabilidade pode prejudicar a continuidade de projetos e políticas públicas, tornando difícil alcançar resultados a longo prazo e prejudicando o planejamento estratégico.
Viés partidário e ideológico: A politização da gestão pública pode levar a um viés partidário e ideológico na tomada de decisões. Isso pode resultar em políticas públicas que atendem apenas aos interesses de determinados grupos ou que refletem a ideologia de um único partido, em vez de atender às necessidades e demandas da sociedade como um todo.
Falta de transparência: A politização excessiva pode aumentar o risco de falta de transparência na tomada de decisões, uma vez que pessoas podem usar cargos públicos para obter benefícios pessoais ou partidários. Além disso, a falta de transparência na gestão pública pode ocorrer quando informações são manipuladas ou ocultadas para atender a interesses políticos, prejudicando a prestação de contas e a confiança dos cidadãos nas instituições.
Desmotivação e perda de expertise: A politização da gestão pública pode desmotivar os funcionários públicos e aliados políticos competentes e comprometidos, pois suas oportunidades de progressão na carreira podem depender de fatores políticos em vez de mérito. Além disso, a perda de expertise ocorre quando profissionais qualificados são substituídos por indicações políticas, o que pode levar a uma diminuição da qualidade e eficiência dos serviços públicos.
Para mitigar esses entraves, é essencial promover a profissionalização e a meritocracia na gestão pública, fortalecer a transparência e a prestação de contas, e buscar a independência das instituições públicas em relação aos interesses políticos, garantindo que as decisões sejam tomadas com base em critérios técnicos e no bem comum.