A politicagem muitas vezes é associada à práticas que priorizam interesses pessoais, partidários ou eleitorais em detrimento do bem comum. Já o princípio da moralidade é um dos pilares éticos que devem guiar a ação política, exigindo que os agentes públicos ajam de acordo com os valores morais e éticos estabelecidos pela sociedade e pela Constituição.
Em contraste, a politicagem tende a buscar benefícios individuais, favorecimentos e ações que visam apenas a manutenção do poder, como podemos observar no caso da indicação do Advogado Cristiano Zanin, feita pelo Presidente Lula, para ocupar uma vaga no STF. Essa indicação, (independente da capacidade técnica do referido jurista), pode levar a comportamentos antiéticos, corrupção e desrespeito ao interesse coletivo. Os princípios da moralidade e da impessoalidade, por outro lado, buscam promover a integridade, a transparência e a justiça nas ações políticas, visando o bem-estar da sociedade como um todo, sempre de acordo com os ditames constitucionais.
Portanto, o confronto entre politicagem e o princípio da moralidade que está em discussão com a indicação de Cristiano Zanin para ocupar uma vaga na Suprema Corte é a dicotomia entre uma prática política questionável, voltada para interesses pessoais, e um princípio ético que demanda ações políticas alinhadas com os valores morais e o bem comum. A luta contra a politicagem muitas vezes envolve a defesa e a promoção do princípio da moralidade na política, o que no Brasil, havemos de convir, não é uma tarefa nada fácil.
A indicação do Advogado que defendeu Lula em todos os processos em que Luiz Inácio foi réu nos processos da Lava Jato, para ocupar uma vaga no STF, fere de morte os princípios da moralidade e da impessoalidade. Não há como Cristiano Zanin garantir à sociedade e ao Congresso Nacional, que atuará com isenção e independência em qualquer processo que envolva integrantes do PT e seus aliados.
A política brasileira nos últimos anos certamente tem sido objeto de inúmeras críticas, muito por culpa do ambiente de insegurança jurídica criado pelo próprio STF, por meio de decisões judiciais estapafúrdias, que subvertem totalmente os princípios constitucionais.
A situação política do Brasil pode ser uma fonte de humor para algumas pessoas, mas também é importante reconhecer os desafios sérios e as consequências que a indicação do Advogado Cristiano Zanin para ocupar uma vaga no Superior Tribunal Federal podem acarretar no destino do país. Acredito que é fundamental buscar o equilíbrio num debate político saudável e construtivo, para promover mudanças positivas no Brasil.